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terça-feira, 9 de março de 2010

Senta que lá vem história...Não desejo a ninguém o que passei...



Entardecer de hoje no sítio. Isso vale a pena!

Puxe a cadeira e sente-se porque o que tenho pra contar é uma longa história.
Sábado estávamos eu, meu marido e meu pai no sítio, nos preparando para o domingo em que íamos receber o restante da família, para comemorar o aniversário do meu querido marido, um pouquinho atrasado, já que ele estava trabalhando no dia do aniversário e não pode comemorar conosco.
Minha secretária já tido ido embora, já tinha deixado a casinha um brinco, toda arrumadinha e cheirosa e eu estava na cozinha preparando um doce delicioso para a sobremesa de domingo. Toda animadinha e pensando " bom, hoje já trabalhei demais e agora, direto prum banho longo e depois, pernas pra cima, sentadinha na varanda e fazendo um crochezinho ".
Mas a vida nos reserva surpresas...A vida é tão frágil...A vida não está em nossas mãos... A vida está sempre nas mãos de Deus... E parece assim que Ele sempre tem uma forma de nos chamar e dizer: "olha, você não acha que precisa dar uma freada, sentar num cantinho e rezar, orar, conversar mais comigo?".
Acabei de fazer o doce, um pavê que meu marido adora, coloquei na geladeira e quando fechei a porta, o celular toca.
Atendi. Meu filho do outro lado diz, todo desesperado: " mãe, entraram na nossa casa e jogaram tudo no chão! ". Mas como? Entraram na nossa casa? Mexeram em tudo? Reviraram tudo? Não,ele estava enganado... Eu não conseguia mais raciocinar. Desliguei antes do meu filho terminar de falar e gritei meu marido, meu pai, entramos no carro e corremos pra nossa casa.
Não sei bem o que é "estado de choque", mas acho que ao percorrer os cômodos da minha casinha, eu estava assim, em estado de choque, não chorava, mas também não falava.
Quebraram a fechadura com uma chave, que parece-me ser chamada de pressão, e entraram.
Andaram pela casa inteira, tiraram quase tudo de dentro dos armários e gavetas do meu ateliê, mexeram no escritório do meu marido, jogaram todas gavetas do quarto do meu filho, no chão, reviraram todo o closet dele, tudo no chão! No meu quarto, gavetas das cômodas, da mesinhas de cabeceira, tudo revirado. No meu closet, eu não podia entrar, pois todas as minhas bolsas, calçados, muitas roupas minhas, de cama e banho reviradas e muitas jogadas no chão. Engraçado...nas roupas do meu marido não mexeram...
Eu tenho uma gaveta em que fiz umas repartições para guardar minhas bijuterias todas separadinhas. O ladrão me deixou com uns quatro pares de brinco, de uns quase cem que eu tinha, meu conjunto de ouro e brilhantes, colar e brinco, FALSOS, mas LINDO, ele levou, não me deixou nem um reloginho, dos oito que eu tinha ( nenhum valia grande coisa,mas dois eu adorava porque foram presente da minha mãe e do meu marido ), mexeu em toda minha roupa íntima, minhas camisolinhas, tudo!
A minha vingança para com ele, é que o infeliz não conseguiu achar minhas poucas mas verdadeiras jóias. E nem vai achar nunca, viu, ladrão?
Levou dois relógios bons do meu marido e um do meu filho. Procurou dinheiro e não encontrou, outra vingança de mim pra ele!! Nem ia encontrar, porque isso não tinha.
Agora, engraçado pra não dizer trágico ou algo que nos deixa profundamente irritados e sem acreditar na Polícia, é que meu filho ao ver a fechadura quebrada, ligou pra eles antes de entrar, com medo, lógico, de encontrar o ladrão, ainda dentro de casa. A Polícia respondeu pro meu filho : "meu irmão, não vai dar, não, porque nós estamos ocupados, atendendo outra ocorrência". Ok, meu irmão! Se meu filho entrasse e o ladrão estivesse lá ainda e se acontecesse uma tragédia, vocês viriam correndo pra prender meu filho, um trabalhador honesto, que nunca fez mal a ninguém, não viriam?
Tem problema, não! Deus tomou conta do meu filho, da minha casa e nada aconteceu, a não ser a sensação extremamente ruim da gente entrar na própria casa e ver que esteve ali um drogado, provavelmente armado, que mexeu em todas as suas coisas, se sentir invadido, roubado material e emocionalmente e simplesmente NÂO PODER FAZER NADA E NÃO PODER CONTAR COM A POLÍCIA.
Lição de moral: Vão-se os anéis ( e os brincos e os colares, falsos ) mas ficam os dedos.
O que o infeliz levou, se eu quiser, eu reponho. Mas, sabe, não quero repor nada e me dei conta que vivo muito bem sem aquele número excessivo de bijuterias, que antes eu dava valor e agora vejo que não é NADA! Que é só uma forma de quem sabe, fingir que se está satisfazendo um desejo. Mas desejo de quê? De consumo, de querer dizer que sou mais poderosa que a mulher ali do meu lado? Bobagem, gente, pura bobagem!
Não foi por causa desse assalto, mas estou aprendendo que o que gosto mesmo é de fazer chochet, de ler, de estar com minha família, de sentar aqui na varanda do sítio e ficar olhando as montanhas, os carros passando lá na estrada, ouvindo o silêncio, ou os cavalos, ou os passarinhos nas árvores, ou Tristão e Isolda ( meu casal de gansos) ou Joaquim e Carlota ( meu casal de patos ), ver as árvores frutíferas que meu pai cuida com tanto carinho, brincar com meus cachorrinhos, colher os ovinhos todos os dias. Isso, sim, é o que tem valor na vida! O resto é supérfluo de verdade!

FIM ( dessa história, porque senta que lá vem mais história!!! )


Domingo... depois do sábado da casa assaltada.

Tenho uma vizinha que se faz de louca. Sim, se faz, porque ela é doida só com determinadas pessoas e com quem ela acha que é mais fraco ( financeiramente, entendem? Coisa de gente pobre de sentimentos nobres e divinos ).
Essa dita cuja, resolveu que agora a vítima dela sou eu. Não posso sair no meu portão que ela começa a me agredir com palavras, gargalhadas debochadas, etc...
Juro que sinto-me envergonhada de contar isso, mas estou contando para desabafar e vocês verem que ninguém é melhor que ninguém, não mesmo!!!
Bom, semana passada ela foi pra frente da casa de minha vizinha da frente e começou a gritar enlouquecidamente porque ela chegou lá e perguntou por minha vizinha à irmã dela, que respondeu que ela estava dormindo. E estava, já que ela já é uma senhora, toma remédios que dão sono e ela sempre tira uma sonequinha à tarde.
A louca achou que era mentira da irmã e começou a se esgoelar, ofender, ameaçar, etc. De minha casa eu assistia a tudo sem poder fazer e sem fazer nada mesmo, já que não era comigo. Mas eu confesso que senti muita, muita raiva dessa mulher, já que ela estava ofendendo uma pessoa que é alguém de quem gosto imensamente e que, como ela mesma disse, a minha família e a dela, não são vizinhos, somos uma só família, e isso é algo muito sincero, eu sei!
Depois que a dita cuja saiu de lá, ficamos todos, quem estava na minha casa e quem estava na casa de minha vizinha da frente, totalmente nervosos, tremendo, com o coração batendo descompassadamente a ponto de minha mãe precisar de outro comprimido pra pressão, eu um chá e minha vizinha também outro comprimido pra pressão.
Ok. Acabou essa parte da história.

No domingo, estou saindo de casa e antes fui até o portão de minha vizinha saber se estava tudo bem. Na saída da missa ( eu moro perto de uma linda igreja ), muita gente na rua, a louca vem por trás de mim, sem eu eu ver nem esperar e me dá uma bolsada. Me dá duas bolsadas!!! Você pode imaginar uma coisa dessas???
Ser agredida na rua, sem esperar, sem ter culpa de nada, inocentemente, supreendentemente? É uma sensação que não desejo a ninguém.
Daí, meu filho viu, meu marido viu, meu pai viu e pronto! Que cena horrível! Ela gritava, eles gritavam, eu chorava e tremia que nem vara verde e ela não satisfeita, simples assim, entrou na casa dela e veio com uma faca imensa pra me ameaçar com aquele horror.
Eu acho que quem mora nas comunidades, que vive entre tiroteios deve sentir mais ou menos o medo que senti. Que vergonha! Que medo! Que coisa feia!!!
Ontem, minha filha estava saindo lá de casa com minha neta no carro e o marido dela saiu da casa deles com uma barra de ferro na mão e veio andando pro nosso lado e gritando palavrões e batendo com a barra no chão.
Estou contando tudo da maneira exata como aconteceu, sem fazer terror, até porque eu não sou escritora e não sei usar as palavras adequadas pra transmitir o terror que foi tudo isso.

Segunda-feira, depois do sábado e do domingo...

Pra terminar, fui orientada a fazer um BO.
Ok...Não queria me envolver com isso, mas é a vida da minha família. E a minha também tinha sido ameaçada, primeiro com uma faca imensa, segundo com uma barra de ferro.
Nunca fui uma pessoa de procurar confusão com ninguém, mas se me sinto lesada nos meus direitos, se mexem com meus filhos ou alguém de minha família, se vejo alguma injustiça sendo cometida na rua,se tentam me fazer de boba, se fazem comigo ou com qualquer pessoa , algo que vai contra o que meus pais me ensinaram quando criança ( valores morais que não são mais encontrados em quase lugar algum ), aí eu me transformo numa fera, como as que estão enjauladas e feridas!Saia de perto, por favor!
Sendo assim, fui pra Delegacia ontem pra abrir um BO.
Querem que eu resuma? Eu e meu marido ficamos sentadinhos em cadeiras de assentos inexistentes por SOMENTE 9, eu disse NOVE horas para sermos atendidos.
Entrei lá às 15:25, saí de lá aos 25 minutos de hoje. Parece mentira? Não é!!!!
Vimos entrar bandido algemado, mulher ensanguentada que tinha sido agredida, homem que foi preso porque ameaçou a mulher com uma arma e depois simplesmente foi liberado. Conversei com uma menina de 19 anos que estava com outra de 16
Havia uma rapaz lá que estava aguardando para obter um papelzinho pra apresentar ao seguro da moto ( ele sofreu um acidente ), desde as 11 horas e só foi atendido às 23 e pouco...
Não, não era por falta de pessoas para atender. Nem porque as pessoas eram chamadas na ordem certa. Haviam pessoas para atender, mas que a partir de uma determinada hora começaram a fazer de conta que a sala (sala??????) de espera estava vazia, enquanto tinha ainda cerca de oito pessoas para conseguir atendimento.
Teve um que próximo das 18 horas, ou seja, em pleno horário de serviço, já que ele estava de plantão e não poderia sair, saiu, demorou e voltou com um saquinho cheio de DVD´s provavelmente pra assistir mais tarde.
O outro, também de plantão, a partir das 21 horas não atendeu mais ninguém, só o rapaz do acidente da moto, porque segundo ele mesmo me disse " eu tamabém tenho direito de comer e tomar banho, né?", Isso depois de eu perguntar se ele, por favor, não iria me atender e ele responder que não, que quem iria me atender seria o colega dele que estava chegando, e que chegou às 23 horas, mais ou menos, ou seja, duas horas depois dele ter me dito isso.

Como podem ver, se tiveram paciência de ler até aqui, meu final de semana foi bem desagradável.
Mas no domingo, depois de eu ter sido agredida e da vizinha ter me ameaçado de morte, deixamos tudo pra trás e viemos pro sítio.
Eu e minha família inteira. E foi muito bom e é só isso que importa na vida: estar ao lado da nossa família. Creiam. Só a família importa.


P.S. Se alguém pensa que a história da vizinha que me agrediu, sem eu ter feito nada a ela está mal contada, e eu entendo perfeitamente se alguém pensar isso, já que vocês só me conhecem virtualmente, pensem numa coisa horrorosa chamada inveja. A fórmula é: inveja + doença mental moderada = destruição do outro. Ela é minha vizinha há mais de 40 anos, nunca fiz nada a ela e me lembro que quando eu tinha 14 anos, tomava aula particular com a irmã dela e ela quis me bater porque eu fiz um comentário que ela não gostou, durante a aula.

6 comentários:

  1. Infelizmente Elba esta e a realidade de quem mora neste pais...estamos entregues ao caos,aos bandidos...temos que viver presos atras de barras de ferro,enquanto eles fazem o que querem livres por ai.
    Que visinha louca....sera que alguém não contou uma mentira pra ela....louca.
    Graças a Deus voçês sairam vivos nesta triste história do cotidiano brasileiro.....que pena que moramos em um pais sem lei.
    Deusa
    vasinhos coloridos

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  2. Oi, Elba! Entrei para ver as flores que você tinha feito e me deparei com essas histórias lamentáveis. Sinto muito pelo que aconteceu com você e sua família. Vocês foram vítimas de pessoas sem limites e sensibilidade, sem amor, ou qualquer outra forma de sentimentos que nos diferenciam dos irracionais. Essa sensação de invasão de nossa intimidade e de injustiça são terríveis, já passei por situações que me fizeram sentir assim e o pior de tudo é quando você busca a ajuda e você encontra o descaso. É, tem hora que só contando com a ajuda e o milagre de Deus, porque esse, eu sei, é totalmente Justo e não nos abandona. Todos estamos sujeitos a "dramas" como os que você passou, mas o importante é, no final de tudo podermos tirar algum proveito, como o que você relatou: a família, os verdadeiros valores e a paz com nossa consciência, com Deus e com os outros isso é o que conta. Espero que tudo se resolva da melhor forma possível para vocês. Bjim e ótimo restinho de semana e um final de semana mais agradável.

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  3. Olá Elba!

    Fiquei muito sensibilizada com tudo que te aconteceu. Nossa veio tudo de uma vez Mas você já demonstrou que está dando a volta por cima com estas lindas florzinhas de crochê. É isso aí amiga, trabalho com comércio, já fui assaltada, tenhos minhas perdas. Quando penso que vou me abater, me lembro que dessa visa nada se leva, o importante é a união eo amor pela família e amigos.
    Que tudo se resolva bem.
    Beijos

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  4. Meus Deus que locura de fim de semana.bjs

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  5. fiquei pasmada com sua vizinha! Tenha confiança e tranquilidade para "gerenciar" este lamentável problema.
    abs
    Socorrinha

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  6. Hoje, dia 13/5/2010 é a primeira vez que entro em seu blog,nem me lembro atraves de quem ou de que, mas te achei uma fofa, acredito em sua historia e me comovi muuuito. Voc me parece ser fofa d++. Um abraço, andrea

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